RN se prepara para geração de energia eólica em plataforma marítima
Após se consolidar como o maior gerador de energia eólica do país, o Rio Grande do Norte se prepara para desbravar uma nova fronteira: a geração de energia eólica no mar.
O potencial eólico offshore, identificado no litoral potiguar e do Ceará, de aproximadamente 140 GW – o equivalente a mais de dez vezes a capacidade instalada nacional – levou o Rio Grande do Norte a receber a primeira planta eólica do Brasil no mar.
O dado foi apresentado durante o Fórum Potiguar de Energias Renováveis, pelo pesquisador do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Luciano Bezerra, na tarde desta terça-feira (24), no hotel Holiday Inn.
O primeiro projeto de usina eólica offshore é da Petrobras e será instalada no polo de Guamaré, no Litoral Norte, até 2022. Em sua palestra “Determinação do potencial eólico offshore”, Luciano Bezerra, que também trabalhou no estudo do potencial offshore do estado para a estatal, apresentou novas tecnologias usadas, dados sobre o cálculo da potência e novas perspectivas para o setor a partir desse novo modelo.
“O grande diferencial da eólica offshore (no mar) é a dimensão do seu potencial e capacidade de produção, dez vezes superior a capacidade instalada, atualmente, e que demanda instalações mais robustas”, disse o pesquisador. O cálculo, explica ele, usa os chamados dados de reanálises a partir de modelos de circulação de ventos, como Merra, Era-Interim e CSFR, além de novas tecnologias como a primeira torre anemométrica offshore instalada no Brasil e de LiDAR flutuante, mecanismo de medição dos ventos com sensores.
JAIR SAMPAIO