Seis morrem em confronto com a polícia no Ceará
Um confronto entre policiais e criminosos terminou com seis mortos na cidade de Palmácia, no interior do Ceará, na madrugada desta quinta-feira (24). Eles são suspeitos de integrar um grupo criminoso que pratica roubos e homicídios na região. A polícia prendeu dois membros do bando.
Dois policiais e outros dois bandidos ficaram feridos. Um policial levou um tiro numa mão, e o outro torceu o tornozelo. Nenhum deles corre risco de vida. Não há informações sobre o estado de saúde dos criminosos.
O caso ocorre em meio à onda de violência no estado, que já chega ao 23º dia, com 240 ataques. Não há confirmação oficial da relação entre os ataques e a troca de tiros. A Polícia Civil do Estado do Ceará informou que “investiga a participação do grupo em ações criminosas contra bens públicos e privados na região”.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, policiais fizeram um cerco a um sítio que serviria de base para o bando. Dez homens que estavam no local foram surpreendidos pela ação policial e reagiram.
O titular da pasta, o secretário André Costa, publicou em rede social que 19 pessoas integram o grupo, mas não informou o paradeiro das outras nove.
Prisões e apreensões
Os dois suspeitos presos após o tiroteio foram encaminhados para a Delegacia Regional de Baturité.
A polícia apreendeu seis armas de fogo (quatro revólveres e duas espingardas), drogas, um colete à prova de balas, rádios de comunicação, celulares, três motocicletas (duas delas com registro de roubo) e uma quantia em dinheiro.
Mortos eram membros de facção
Segundo policiais, os mortos eram de uma facção criminosa e assaltaram uma escola pública na noite de quarta-feira (23). No roubo à Escola Estadual de Educação Profissional Maria Giselda Coelho Teixeira, na mesma rua do sítio onde o grupo foi encontrado, foram levados um cofre, a arma e o colete do vigilante.
No sítio, há três casas, e os homens estavam em redes e colchões nas varandas quando a polícia chegou.
Moradores da região disseram ter ouvido muitos tiros. Uma testemunha que não quis se identificar afirmou que acordou com o barulho. “Ouvi os ‘papocos’ e pensava que eram fogos. Jamais imaginei que fosse tiro”, disse.
Uma equipe da Perícia Forense do Estado (Pefoce) foi acionada em Fortaleza para fazer a retirada dos corpos, que foram levados a um hospital da cidade. Lá, a irmã de um dos presos informou ao G1 que não via o parente há dois meses.