Mãe identifica corpo achado em praia amordaçado, com as mãos amarradas e nu
Fim do mistério – ou pelo menos uma parte dele. Foi identificado na manhã desta quarta-feira (16) o corpo do homem encontrado amordaçado, com as mãos amarradas para trás e sem roupa na praia de Tourinhos, município de São Miguel do Gostoso. Essa cidade fica a 101 quilômetros de Natal. Ele foi identificado como Janilson da Cruz de Oliveira, 32 anos, era divorciado e deixa um filho de dois anos. Quem identificou foi a mãe dele, que concordou em dar informações sobre seu filho desde que sua identidade fosse preservada.
De acordo com ela, Janilson era morador de Muriú, praia que fica no município de Ceará-Mirim, na Grande Natal. E deixou o lugar após se envolver em crimes. Janilson era suspeito de ter participado de um assalto em Ceará-Mirim e também de ter assassinado uma tia sua. De acordo com informações do sistema de processos do Tribunal de Justiça, ele teria deixado Muriú em 2015, ano quando foi morar na cidade de Extremoz.
No sistema do TJ também é possível confirmar que ele respondia por furto e latrocínio, quando foi morta Maria Nazaré de Oliveira. Por este crime ele teria sido preso em julho de 2011, mas foi liberado em 2014 após três anos preso. O motivo foi que ele deveria ter passado por exame de insanidade, mas não foi levado pela Justiça.
Depois de ter sido libertado, a Justiça tentou intimar ele por, pelo menos, três vezes, a última delas em fevereiro de 2016, quando o oficial de Justiça, sem conseguir encontrá-lo, intimou a mãe dele sobre a ação penal que ainda necessitava do exame de sanidade. Depois disso, ele nunca mais foi encontrado.
A mãe diz que, após os crimes, Janilson acumulou muitos inimigos. E não poderia voltar a Muriú porque seria morto. Ela não informou há quanto tempo ele havia partido. Apenas contou que o assassinato provavelmente se deu porque ele era envolvido com drogas e bebida. “Sou mãe, mas não vou negar. Não posso negar a verdade”, disse.
E acrescentou, com relação a quem fez isso com o filho dela: “Não importa o que ele fez. É meu filho. É sangue. Quem fez isso com ele, um dia… Deus… Tem a justiça da Terra, mas tem Deus no céu, num é? Deus tá vendo”. Apesar de ter sido reconhecido pela mãe, o corpo de Janilson não foi liberado. Isso porque ele não possuía documentos.
De acordo com informações do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) o cadáver só é liberado caso haja documento comprovando a identidade. Caso a família não compareça com o documento, o Itep tentará outros exames para consolidar a identificação do cadáver, o que pode incluir o DNA.
OP9